Após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello mandar soltar o traficante André de Oliveira Macedo, o André do Rap, uma onda de desentendimentos na Corte desencadeou ainda mais a falta de credibilidade de alguns ministros, inclusive o do próprio Marco Aurélio, que já vinha com a sua imagem bastante desgastada por beneficiamentos a bandidos.
O ministro disse que tem 41 anos de magistratura e que não olha para a história do réu na hora de julgá-lo. “Eu olho o direito do réu. Não preciso me manifestar.” Questionado se, nesta ocasião, o melhor caminho era considerar que o réu é um membro importante do PCC, o ministro rebateu. “Se um dia eu olhar a capa [do réu], eu entrego a minha capa de ministro. Se for assim, é melhor colocar um paredão na frente do STF para fuzilamento.”
Advogado do bandido era funcionário de Marco Aurélio
O escritório de advocacia que protocolou o pedido de soltura do traficante André Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, tem como sócio um ex-assessor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello. O magistrado foi o responsável pela liminar que liberou o homem apontado como um dos principais líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), e que atualmente está foragido.
A repercussão do caso no Brasil
André do Rap foi libertado no fim da manhã de sábado, 10, após cumprimento da liminar de Marco Aurélio, que considerou a sua prisão ilegal por ele estar encarcerado desde 2019 sem sentença condenatória definitiva. A medida foi revogada pelo presidente da Corte, ministro Luiz Fux, que atendeu a um pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a volta “imediata” do traficante à prisão.
O bandido após sua soltura fugiu e já é considerado foragido da Justiça. A Polícia Federal está na busca de André do Rap, que pode estar no Paraguai. Os brasileiros já apontaram uma solução para encontrar e prender o meliante: mandar Marco Aurélio de Mello ir atrás do foragido como forma de pagar pelo erro.
Por Leonardo Martins
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