Na data em que se encerra o prazo fixado pelo MP-PI para acatamento e adoção de providências, o comandante-geral da instituição, Lindomar Castilho, informou já ter repassado aos órgãos e chefes de Poderes a sugestão do MP-PI e que o cumprimento ou não da recomendação ficará ao critério destes.
“Quanto aos policiais à disposição, já encaminhei para os órgãos essa recomendação, se eles vão cumprir ou não, eu não sei. Encaminhei para eles devolverem os policiais, como o Ministério Público apontou. Encaminhei para os chefes de Poderes a recomendação [...] Eles devem se manifestar, se vão atender ou se não vão”, disse o comandante.
Segundo as vistorias do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gacep) e da 56ª Promotoria de Justiça de Teresina, atualmente 692 policiais militares da ativa estão à disposição de órgãos públicos, mesmo com a legislação estadual limitando este quantitativo do Batalhão de Policiamento de Guardas (BPGdas) em 238
Questionado sobre a recomendação, que ainda solicita que não ocorra aumento do efetivo do BPGdas, o comandante-geral da PM-PI destacou que embora a volta dos policiais cedidos para atividades ostensivas seja muito positiva para a instituição, ressaltou que a segurança nos órgãos pode ficar comprometida.
“Não sei. Para a Polícia Militar seria muito bom ter de volta esses 454 praças para o policiamento, seria ótimo, mas os órgãos também necessitam, não sei como eles vão se virar. Por exemplo, a Secretaria de Justiça, como vai ser a guarda nos presídios? A Sasc [Secretaria Estadual da Assistência Social], nas unidades dos menores infratores?”, questiona Castilho.