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Mortes Violentas

Aurélio Wander Bastos

Doutor em Ciência Política. Professor Titular Emérito da UniRio

As estatísticas brasileiras sobre mortes violentas têm aumentado em percentuais nunca identificados como um fenômeno nacional com uma visível inclinação no nordeste brasileiro. Assim, segundo estatísticas do IBGE/FBSP o aumento da criminalidade intencional no Ceará alcançou um aumento de 75,1% na relação entre 2019 e 2020, um índice que chama atenção não apenas no estado como também no Brasil porque ele pesa no cálculo do índice nacional de 4% de aumento entre 2019/20.

Na sequência, o índice de homicídios ou mortes por intervenção policial no Maranhão chegou a 30,2%, na Paraíba 23,03% e no Piauí 20,1%. Em tese estes seriam apenas índices, mas são superiores, percentualmente, a todos os índices dos demais estados brasileiros, inclusive Rio de Janeiro, São Paulo, e Minas Gerais, que apresentam índice negativo, o que também ocorre com Estados do Norte como Pará, Amapá e Amazonas.

Em princípio é de se estranhar o crescimento desta curva no nordeste, com efeitos colaterais no Norte, mas, na verdade podemos levantar duas linhas hipotéticas: a primeira ,sempre muito contestada teria a ver com o aumento da pobreza e a escassez de recursos e trabalho ,o que não exatamente ocorre nos Estados do Centro-sul e Leste; em segundo lugar temos que reconhecer  que também faltam recursos públicos para  a segurança pública e sua articulação nacional, o que ,de certa forma permite que o crime organizado procure se alojar nas regiões onde a polícia apresenta maiores índices de desorganização ou ela  própria  está envolvida com a criminalidade.

É muito difícil fazer uma distinção entre as classes sociais que mais perdem ou mais estão envolvidas com a criminalidade. Mas dados que buscamos no jornal O Globo, recentemente, nos permite concluir que a violência geral dolosa com homicídio  está entre os pobres dominantemente, muito especialmente entre mulheres negras (76,2%) um efetivo absurdo, que se explica pela pobreza, mas não absolutamente, e os policiais que fazem enfrentamento em áreas das periferias urbanas do Nordeste como também no Centro-sudeste, onde, no computo geral, o grande crescimento de mortes  é entre homens (91,3%) e entre jovens  chega a 54,3%.

Finalmente, não temos uma ou várias causas objetivas para estes excessos dolosos de violência. Mas não temos como deixar de presumir que aqueles que matam admitem para si mesmo, exceto nos casos psiquiátricos semelhante ao serial killer, ou nos casos de latrocínio, que estão se livrando daqueles que dão causa, seja em que termo for, a sua infelicidade ou desespero.




 







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