Os supermercados e demais estabelecimentos autorizados a funcionar durante a pandemia da Covid-19, principalmente no Piauí, estão literalmente metendo a mão no bolso do consumidor, em razão do confinamento obrigatório decretado pelo governo do estado e prefeitura, em época de crise e desemprego.
Alegando o aumento do dólar e outros itens agregados ao preço da carne e demais insumos da cesta básica, supermercados, postos de combustíveis, mercados, farmácias, borracharias e outros setores considerados de necessidade aumentaram absurdamente o valor final sem que fossem autorizados pelos órgãos de fiscalização. A começar pelo MP, Procon e Inmetro, nada de fiscalização ao abuso de preços foi feito.
De férias há mais de três meses devido ao isolamento social, estes órgãos sequer atendem o consumidor pelo telefone. São incapazes de tirar “o rabo” de suas cadeiras no aconchego de suas residências, para agir a favor dos interesses da população, mas quando se trata de multar, são havidos e rápidos na caneta e bloco de infração.
SE DANDO BEM
Quem mais aproveita a oportunidade nesse momento de grave crise são os proprietários de estabelecimentos comerciais que aproveitam o confinamento social, por estarem trancafiados em suas casas comendo muito, para exagerar no aviltamento de preços. “Quem está esse tempo todo em casa só faz uma coisa: comer.
E assim, o consumo de alimento, água, luz, gás e insumos aumentam por demais, é aí onde os oportunistas aproveitam para meter mão no bolso do povo”, disse uma dona de casa que preferiu não ser identificada.
Por onde andam os órgãos de repressão e fiscalização do estado que não aparecem? Claro que não vão aparecer. Só se for para multar os trabalhadores e empresários que estão operando no vermelho por terem seus estabelecimentos comerciais fechados e lacrados. Esta não é só uma pandemia de saúde, mas de falta de vergonha.