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Trabalhadores dos Correios cruzam os braços no Piauí

Trabalhadores param atividades por tempo indeterminado no Piauí

Em decisão unânime durante assembleia extraordinária realizada na noite de terça (10) no pátio do edifício sede dos Correios do Piauí em Teresina, os trabalhadores dos decretaram greve por tempo indeterminado.

Eles reivindicam o reajuste salarial e a não privatização da empresa. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí, Edilson Rodrigues.

O movimento é nacional, e outros estados aderiram a greve. "Estamos em campanha salarial com o pedido de reajuste salarial de 3,79% em cima da inflação e o aumento real de 8%. Além disso, estamos nessa luta contra a privatização dos Correios, que está sendo destruído há cerca de dois anos e se intensificou neste Governo Federal", comentou o sindicalista.

Rodrigues ressaltou que "o governo federal está sucateando a empresa para transparecer que é inviável a sua manutenção, e a gente entende que não é assim", defende.

Os clientes que tiveram dúvidas sobre cartas e encomendas devem procurar por uma central de atendimento/distribuição para identificar o andamento da postagem. Ou pelo site da empresa.

O sindicato divulgou uma nota de esclarecimento; veja na íntegra:

    O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), documento que deve ser acordado e assinado entre Empresa e a representação dos trabalhadores (Sindicatos/Federação), deveriam ser discutindo no mês de junho/julho, porém os representantes da direção da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT/Correios) se mostraram intransigentes, apresentando retirada de diversos direitos e não abrindo espaço para se negociar.

    A ECT por várias vezes desconsiderou o Comando Nacional de Negociação e Mobilização (CNNM), deixando de comparecer a reuniões agendadas em conjunto e demonstrando que não iriam recuar nas propostas de retirada de direitos duramente conquistados pela categoria.

    No final de julho, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) se propôs a realizar uma mediação entre as partes e prorrogou o ACT vigente (2018/2019) até o dia 31 de agosto. Inclusive, mantendo a situação dos pais no Plano de Saúde. Porém, no dia seguinte a prorrogação, a direção da ECT desautorizou o atendimento dos pais dos funcionários, permitindo apenas em caso de urgência.

    Durante o período da prorrogação proposta pelo vice primeiro ministro do TST, a empresa se negou a participar e apresentar uma proposta que pudesse atender aos interesses dos trabalhadores, se negando a negociar e não aceitando a prorrogação proposta mais uma vez pelo TST para o dia 29/09.

    O QUE QUEREM RETIRAR

    A proposta da direção da ECT para os trabalhadores é a Redução dos Tickets Refeição/Alimentação com aumento do com­partilhamento (5%, 10% e 15%). Redução de 26 para 23 tickets e de 30 para 27 tickets. O não pagamento dos tickets nas férias [com a manutenção do vale cesta]. Não pagamento do vale peru. Exclusão do Vale Cultura. Redução do Adicional Noturno de 60% para 20%; Redução da Grati­ficação de Férias de 70% para 33% conforme a CLT. Redução do per­centual do valor pago do trabalho em dia de Descanso de 200% para 100% e um reajuste salarial pífio de 0,80% sobre o salário base.

    Segundo alguns estudos realizados pela FINTECT, somando-se todos os ataques apresentados na proposta da direção dos Correios a perda anual chega a média de 40%, um verdadeiro ataque contra a categoria.

    A LUTA NÃO É SÓ ECONÔMICA

    Outro fator que está mobilizando os ecetistas é o anuncio do presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes que pretendem privatizar os Correios, realizando um ataque contra a soberania nacional e pretendendo vender a empresa estatal mais antiga do país.

    Para a categoria, existem 2 fatores fundamentais com relação a defesa dos Correios como empresa 100% pública: 1 – O fator de abrangência logística; 2 – O papel social dos Correios.

    1 – Abrangência logística; Os trabalhadores dos Correios sabem que a empresa está presente na vida do povo brasileiro em seus mais de 5.570 munícipios, garantindo o direito a comunicação de toda população brasileira. Caso seja realizada a privatização, muitos municípios vão ficar descobertos.

    A campanha de difamação articulada para enfraquecer a imagem dos Correios perante a opinião pública esconde que muitas empresas que tentam concorrer com os Correios só querem atender aos grandes centros e quando as encomendas são para cidades distantes essas empresas utilizam o serviço dos Correios para executar a entrega.

    2 – A importância do papel social dos Correios; Poucas pessoas sabem que os Correios são essenciais para a realização de políticas públicas e serviços sociais para a população. As campanhas de vacinação, campanha de amamentação, responsável pela logística do ENEM, distribuição das urnas no período eleitoral, entrega de donativos e atuação em grandes tragédias como Mariana e a de Brumadinho. Além dos serviços do Banco Postal que faz o papel de uma agência bancária e permite a circulação de dinheiro em muitas localidades.

    NÃO A CAMPANHA DE DIFAMAÇÃO

    Os trabalhadores também estão mobilizados contra essa campanha de difamação que tenta jogar a opinião pública contra os Correios para justificar a sua venda. Porém não revelam para a população que os ECT é autossustentável, vem apresentando recuperação de seus ganhos, mesmo não sendo uma empresa voltada para o lucro, mas sim, para atender essa importante demanda social que é a comunicação.

    Grande parte dos problemas gerados nos Correios é fruto da ingerência política que sempre aconteceu na empresa. Que compromete a gestão e apadrinha alguns poucos escolhidos.

    Os trabalhadores também tem consciência de que muito se fala sobre a previdência dos trabalhadores, mas não é exposto para o grande público que o ministro da economia está sendo investigado pela fraude no Postalis pela Controladoria Geral da União (CGU), Ministério Público Federal como já apresentaram diversas reportagens.

     SINTECT-PI, NENHUM DIREITO A MENOS

Segundo os Correios, a paralisação parcial dos empregados não afeta os serviços de atendimento da estatal. Confira nota na íntegra:

    A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.

    Levantamento parcial realizado na manhã desta quarta-feira (11) mostra que 82% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente. No Piauí 86,68% dos empregados estão trabalhando normalmente.

    Negociação — Conforme amplamente divulgado, os Correios estão executando um plano de saneamento financeiro para garantir sua competitividade e sustentabilidade.

Desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nos quais foram apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa.

    Vale ressaltar que, neste momento, um movimento dessa natureza agrava ainda mais a combalida situação econômica da estatal. Por essa razão, os Correios contam com a compreensão e responsabilidade de todos os seus empregados, que precisam se engajar na missão de recuperar a sustentabilidade da empresa e os índices de eficiência dos serviços prestados à população brasileira.




 







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