Reformar é preciso, foi o que todos os últimos presidentes disseram e até se justificaram perante a opinião pública, mas nenhum deles teve a coragem e a ousadia de atacar o problema de frente, o que fez com que esse atual governo prometesse, durante a sua campanha à presidência da república.
Os primeiros seis meses se passaram e o que vimos foi uma luta da oposição, como sempre, para que o projeto não tramitasse na Comissão correspondente, evitando-se assim que o governo cumprisse o que prometera.
O tempo passou, as brigas e as discussões foram muitas e aí começamos a descobrir a real preocupação da oposição, com a possível aprovação da reforma da previdência: não dar condições de reeleição para o atual governante e olhe que ele nem começou seu mandato, mas os políticos de oposição já estão preocupados com a sua possível reeleição em 2022.
Mas o discurso não era de que a reforma iria acabar de matar o pobre? Que só a oposição é quem defende o pobre e o governo quer massacrar o pobre? Parece que clareou e o povo entendeu e bem demonstrou que entendeu quando pressionou seus deputados a votarem a favor da reforma.
Pelo que vimos, nos primeiros dias de agosto teremos a votação do segundo turno, este ainda na câmara e depois, se aprovada, irá para o senado onde esperamos tenha tramitação mais rápida e mais consensual, já que são menos integrantes.
Se tudo acontecer como se apresenta neste momento, teremos condições de começar o governo por volta de outubro, ou seja, depois de 10 meses o atual governo começará a tentar mudar a nossa economia, o que pode não trazer resultados bons o suficiente para mudar 2019.
Teremos que ter ainda muita paciência, pois o desemprego irá continuar com taxas elevadas, nosso PIB terá crescimento pífio, mas pelo menos poderemos olhar para o futuro com melhores expectativas. É o que eu espero.