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Oposição diz que houve fraude na eleição da FIEPI

Júlio César Lima e Gledson Evangelista, da oposição

O deputado federal Júlio César de Carvalho Lima (PSD), seus filhos e cabos eleitorais vão permanece por mais dois anos à frente de um dos maiores e melhores cabides de emprego do Piauí, a FAEPI – Federação da Agricultura e Pecuária do Piauí e SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, graças à força da caneta e do “modus operandi” da política brasileira.

Na eleição de ontem, sábado 6 de julho de 2019, na sede do órgão, Júlio César venceu por uma maioria de 10 votos a três, e vai permanecer no cargo até 2021, ao derrotar a chapa de oposição composta pelos produtores rurais Gledson Alves Evangelista e vice, José Airton Dantas, que obtiveram apenas três votos no universo de catorze votantes.

A eleição foi recheada de suspense e intimidação devido ao aparato policial instalado dentro e fora da sede do órgão, no centro de Teresina, o que ocasionou repúdio dos envolvidos no processo eleitoral e servidores. “Trabalho aqui há mais de 20 anos e jamais tinha presenciado um movimento tão hostil como vejo agora”, revelou uma servidora que não quis se identificar temendo retaliações.

Segundo os perdedores da chapa de oposição, que propunha eleição única para cada eleito, os votos recebidos pelo deputado Júlio César custaram aos cofres do órgão, cerca de R$ 10 mil, cada. A reportagem do Jornal da Cidade procurou o deputado ou alguém da sua assessoria para falar sobre o pleito, mas não foi atendida, nem permitido acesso para registrar o evento. O aparato policial ostensivo foi bastante claro: “a ordem aqui é para não deixar entrar ninguém, nem mesmo alguns funcionários”, falou um dos policiais.


Ninguém podia entrar ou sair sem autorização

CARTA DE REPÚDIO

As lideranças sindicais rurais dos municípios de Uruçuí, Bom Jesus e de Baixa Grande do Ribeiro, localizados na região de maior desenvolvimento agrícola do estado reproduziram uma carta da produtora rural Clélia Marisco para expor suas convicções e mostrar ao candidato da situação, os reais motivos da indignação como se apoderou do pleito.

Ela relata os obstáculos existentes no processo eleitoral, que estariam causando prejuízos à oposição e beneficiando Júlio Cesar. O deputado assumiu a presidência da Faepi em 2017, após a morte do então presidente, Carlos Augusto Melo Carneiro da Cunha, o Caú, de quem era vice-presidente.

“O estatuto confere ao presidente a prerrogativa de controlar todo o processo eleitoral, mesmo disputando a reeleição e sem se afastar do cargo. Essa situação parece por demais estranha. Segundo as normas estatutárias, o presidente da Federação da Agricultura inicia o processo eleitoral através de portaria, ele próprio escolhe os membros da comissão eleitoral, todos os requerimentos são dirigidos a ele, desde os pedidos de registro de chapa, até aqueles referentes a impugnação de candidatura”, escreve Clélia.

A carta da produtora rural relata ainda que “as contas do presidente e então candidato se encontram impugnadas judicialmente”. Clélia relaciona também outras situações em que Júlio César estaria envolvido em supostas irregularidades na gestão de recursos do Senar/PI, além de nepotismo.

A divulgação da carta foi articulada pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Uruçuí, Cledson Evangelista, candidato a presidente da entidade pela chapa de oposição ao parlamentar. Os sindicatos rurais dos municípios de Bom Jesus e de Baixa Grande do Ribeiro apoiaram Cledson na divulgação da “denúncia dos produtores rurais do Piauí.”

O QUE DIZ A OPOSIÇÃO

Ressalta que quer resgatar a importância da FAEPI para o agro estadual e devolvê-la “aos reais produtores rurais”, impedindo que “um mesmo grupo se perpetue no comando da FAEPI e SENAR.” Afirma ainda, que a chapa de Júlio César teria pessoas estranhas ao ciclo de produtoras rurais, ao mesmo tempo, que a denúncia relacionada ao SENAR reforça a preocupação do ministro da Economia, Paulo Guedes, com a gestão do Sistema S.

De acordo com Gledson Evangelista, candidato derrotado no pleito, o SENAR é uma instituição respeitada e que muito assiste aos produtores rurais e que ultimamente  vem se tornando um cabide de emprego do deputado e seus filhos, no qual já contratou pelo menos 14 pessoas do seu ciclo político, desde estagiárias, passando por recepcionista, motorista, assistente administrativo, coordenadores, gerente, assessor especial e assessor


Polícia Militar a serviço do deputado manteve a ordem, de prontidão

Dentre as pessoas do time dos deputados pai e filho beneficiadas com o conluio, consta o nome de Patrícia Rocha, que até 2017 era lotada  no escritório parlamentar e foi nomeada para o cargo de Gerente Administrativo/Financeiro, com salário superior de RS 8.500.00, enquanto o salário anterior era de R$ 5.500. Diego Paz, que é filho de antigo funcionário e amigo do Deputado Júlio César, ocupando cargo de Gerente Técnico, cargo que não existia anteriormente e foi criado para acomodar o contratado, com salário de RS 8.500,00; Marcelo Campeio; amigo de seu filho.

Júlio César de Carvalho Lima Filho, contratado como assessor jurídico com salário de RS 10.000,00, sem obrigação de ponto ou qualquer regularidade de frequência; Marina Medeiros, que é filha de ex-prefeito da cidade de Miguel Alves-PI; Isolda Dantas, que trabalha na assessoria de imprensa e foi transferida do seu gabinete para o SENAR, recebendo salário superior ao pago anteriormente no gabinete e mesmo assim continua na assessoria de comunicação do deputado, embora seja remunerada pelo SENAR, Nelson Estevam, filho de um prefeito de cidade do interior, contratado para função de assessor especial da presidência, também advogado, sem qualquer obrigação de ponto ou regularidade na instituição, sendo que já existia, na data de sua contratação funcionário com a função de secretariar a Presidência".

FATURAMENTO

Por normativas, o presidente da Federação da Agricultura, também assume a presidência do Conselho de Administração de uma entidade do Sistema S: o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR, que apesar de uma estrutura modesta, esse ano de 2019 contará com uma arrecadação em torno de RS 8.000.0000 de receita, mais RS 6.000.000 em convénios de programas.

O grupo de oposição que perdeu, garante que vai recorrer na Justiça para anular a eleição.

 

 




 







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