Ainda gozando das prerrogativas de capitão da Polícia Militar do Piauí, Allisson Wattson, que nunca foi expulso da corporação, entrou com um recurso na justiça para se livrar do júri popular pelo assassinato da ex-namorada Camilla Abreu.
O vagabundo quer se livrar do crime hediondo alegando fragilidade dos advogados que o defendem. Ele também solicitou perícia no celular de informantes no caso.
"Nesse contexto, não há como não se considerar impertinente e protelatório o pedido de perícia nos aparelhos de celulares de informantes ouvidas durante a audiência de instrução, até porque, o acusado não demonstrou a real imprescindibilidade na realização de perícia nos já mencionados aparelhos de celulares", disse a juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, em decisão.
A magistrada manteve os termos da decisão de pronúncia proferida nos autos e Allisson Wattson vai ser submetido ao júri popular.
SOBRE O CASO
Camilla Abreu, na época com 22 anos, era estudante de direito e namorava com o militar Allisson Wattson há 10 meses, quando no dia 26 de outubro de 2017, desapareceu após sair com ele. Depois de dias de investigação, a Delegacia de Homicídios descobriu que o militar a teria matado com um tiro no rosto dentro do seu carro, jogado o corpo em um matagal e tentado limpar os indícios do crime, inclusive com a tentativa de se desfazer do veículo.