O time de deputados governistas e alguns da oposição que pegaram carona na comitiva que foi a Brasília-DF, em busca da liberação da segunda parcela no valor de R$ 315 milhões, voltaram cabisbaixos e com os ânimos entristecidos devido ao “gelo” que o governo federal deu e, até agora, nada ficou resolvido sobre o repasse para tirar o Piauí do caos.
Com a desculpa de que o governo de Wellington Dias (PT), não apresentou documentos comprobatórios para prestação de serviços daquilo que foi repassado pela Caixa Econômica Federal, o restante da segunda parcela desse dinheiro continua indisponível para o Piauí, o que está inviabilizando o Estado nos seus compromissos com os credores.
Por falta deste dinheiro, o governo estadual “quebrou” uma série de empresas e empresários de vários seguimentos no Piauí. Sem pagar mais ninguém desde novembro de 2017, muita coisa no Estado deixou de funcionar, tornando uma bola de neve financeira indesejável.
O TIME DO PIAUÍ EM CAMPO
Presentes, os deputados estaduais Fábio Novo (PT), Liziê Coelho (MDB), Hélio Isaías (PP), Georgiano Neto (PSD) e Rubem Martins (PSB), os deputados federais Assis Carvalho (PT) e Júlio César (PSD), e ainda o senador Ciro Nogueira (PP), além do ex-secretário Ziza Carvalho.
Segundo Rubem Martins, o presidente da Caixa, Nelson de Souza, afirmou no encontro que o desembolso dos valores obtidos pelo estado do Piauí através de empréstimo está nas mãos do ministro Edson Fachin, que analisa cronograma de desembolso apresentado pela instituição.
Fachin é relator do processo que tramita no Supremo Tribunal Federal, movida pelo Estado do Piauí, para garantir a liberação dos valores, travados segundo a Caixa por questões contratuais, frente à análise da prestação de contas da primeira parcela do Finisa I.
“O que a direção nos disse, é o óbvio, que estão esperando a decisão do Supremo. Conversamos muito, demonstramos nossa tendência como oposição pela liberação dos recursos, mas demonstramos a preocupação quanto a aplicação irregular dos valores”, disse ao blog.
RECEPÇÃO NA CAIXA
O máximo que os parlamentares piauienses ganharam na Caixa, no dia de ontem (17), na capital federal, foi um copo com água e um cafezinho acompanhado do famoso “chá de cadeira”. A direção da CEF disse que para liberar os recursos do empréstimo de R$ 615 milhões ao Piauí, é preciso rezar para o ministro do STF, Édson Fachin reconhecer a documentação de prestação de contas do governo do Piauí, que está incompleto.