A Associação dos Auditores de Controle Externo do Tribunal de Contas do Piauí reagiu às críticas e acusações sofridas após a publicação de relatório de auditoria, no âmbito do processo TC-025611/2017, que trata sobre empréstimo contraído pelo Governo do Piauí junto à Caixa Econômica Federal.
"Em vários veículos de imprensa e na TV, foram feitos questionamentos sobre a capacidade dos auditores do TCE", diz o presidente da entidade, Antenor Pereira, ao justificar a publicação da nota, repassada à imprensa.
O texto diz que os questionamentos põem em risco a "honra e a imagem dos abnegados auditores", pois as "ilações" tentam colocar em xeque a "isenção e imparcialidade" dos profissionais que atuam no controle externo.
Secretários da equipe de Wellington Dias, como Merlong Solano, tentam desde então defender que o relatório elaborado pela Diretoria de Fiscalização da Administração Estadual, do Tribunal de Contas do Estado (DFAE) não é fato conclusivo contra o governo, e que será ainda o documento analisado pelo pleno do TCE.
Merlong foi à TV lamentar que a questão vem sendo tratada de forma "açodada" pela oposição, alegando que a peça vem sendo usada politicamente, justificando uma antecipação do processo eleitoral.
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AUDITORIA
A auditoria da DFAE concluiu que parte dos recursos contratados pelo governo com a Caixa foi transferida para a Conta Única do Estado e utilizada em finalidades não previstas no contrato de empréstimo. Apontou ainda o cancelamento de empenhos de despesas já realizadas em outras fontes, no valor total de R$ 188.560.117,31, para então efetivar novos empenhos para pagamento com os recursos do empréstimo com a Caixa.
O documento assinado pelos auditores Enrico Ramos Maggi, Marcos Vinicius Luz, Ítalo Gabriel Rocha e Sylvio Júlio Alves foi solicitado pelo gabinete do conselheiro Kennedy Barros.